«Imagina uma orquestra de 18 músicos tocando com tal uniformidade que pensarias tratar-se de um só instrumento.» Foi assim que o jovem Berlioz descreveu à irmã, em 1821, a experiência de ouvir pela primeira vez uma obra de Gluck. A sua admiração perduraria para sempre e foi ela que, em 1859, o levou a escrever uma versão de Orphée, composta por Gluck um século antes. Esta versão, a mais interpretada nos nossos dias, encheu o Théâtre Lyrique em noites consecutivas. Berlioz dirigia e um Jules Massenet com 17 anos, timpanista, fazia parte da orquestra.

Coro Gulbenkian
Orquestra Gulbenkian
Paul Mccreesh maestro
Ann Hallenberg Orfeu meio-soprano
Carolyn Sampson Eurídice meio-soprano
Eduarda Melo Amor soprano
Marie Mignot direcção cénica

Programa

Christoph Willibald Gluck | Hector Berlioz
Orfeu – ópera em quatro actos, Paris, 1859
Libreto de Ranieri de’ Calzabigi

Produção
Fundação Calouste Gulbenkian